A viúva do goleiro alemão Robert Enke, Teresa, disse nesta quarta-feira que tentou ficar ao lado do marido em suas fases depressivas para mostrar a ele que havia esperanças e que todos os problemas poderiam ter solução. "As fases depressivas eram difíceis, mas já tínhamos passado por fases muito difíceis em Barcelona e Istambul e tínhamos conseguido vencê-las com ajuda do doutor Makser", disse a viúva, em uma coletiva de imprensa junto com o médico que tratou seu marido, Valentin Makser.
Teresa afirmou ainda que a morte de sua filha Lara, que perdeu a vida em 2006 com apenas 2 anos de idade devido a um problema cardíaco congênito, tornou o casal ainda mais unido, e que por isso ela acreditava que outra vez poderia ajudar seu marido. "Nós tínhamos um ao outro, ele tinha o futebol e tínhamos Leila", disse a viúva, em referência a sua filha adotiva, de 8 meses de idade.
"Fiz de tudo para estar a seu lado. No fim, ia com ele aos treinamentos. Achava que com amor podíamos superar tudo", acrescentou. Teresa Enke indicou também que o goleiro sempre se esforçou para não deixar que seus problemas clínicos fossem conhecidos pela opinião pública. "Ele tinha pânico de perder o futebol e de perder Leila", concluiu.
Ao lado de Teresa, o médico do atleta revelou que o mesmo tratou-se pela primeira vez em 2003 e que voltou a procurá-lo há pouco tempo. "Depois, há seis meses, Robert voltou a meu consultório. Estava sofrendo outra vez com fases depressivas que inclusive chegaram a tirá-lo de alguns treinamentos", afirmou Valentin Makser.
Makser acrescentou que o goleiro rejeitou a possibilidade de se internar para um tratamento mais intenso por medo de seu caso se tornar público, o que poderia prejudicar sua carreira e lhe custar a custódia de sua filha adotiva Leila, de 8 meses de idade.
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